Pautas Ambientais “Economia e combate das fake news” é tema do Aulão Amazônia 1

Em uma iniciativa da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), foram promovidos três ‘aulões’ que colocam em diálogo o melhor do conhecimento produzido até agora sobre as fake news e o combate à desinformação, com ênfase na defesa de pautas ambientais como a preservação da Amazônia. O projeto é apoiado pela Mídia NINJA e está disponível no canal do YouTube da rede de comunicação.

O tema do Aulão Amazônia 1 é “Economia e combate das fake news”, transmitido em agosto de 2022. Nele, são abordados assuntos como a economia das fake news (quanto custa produzi-las, como se financiam, quem se beneficia com sua produção e circulação) e as diferentes estratégias de combate a elas - já em prática em várias frentes.

Participam do ‘aulão’ Karina Santos, uma das coordenadoras do projeto Amazonômetro do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) do Rio de Janeiro, órgão que monitora pautas ambientais, e Nina Santos, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.dd) e coordenadora do curso Entendendo Fake News. A mediação do programa é feita por Viktor Chagas, professor da Universidade Federal Fluminense.

Durante o episódio, as convidadas levantam pontos importantes que ajudam a compreender como funciona a disseminação da desinformação e o papel social do espaço online. Entre as questões discutidas, está a popularização da internet como plataforma de compartilhamento de notícias, que resultou em dois pontos diametralmente opostos.

Por um lado, surge uma oportunidade de inclusão de novas vozes, possibilitando uma maior democratização de acesso aos meios midiáticos. Por outro, a rápida expansão desse fenômeno resultou em um ambiente favorável para a disseminação de desinformação e fake news, já que a moderação se torna um desafio em razão da velocidade com que os conteúdos se espalham. “Gerenciar essa dualidade é um dos maiores desafios para o combate às fake news”, explica a pesquisadora Nina Santos.

Um dos caminhos para a mitigação do problema é a organização da própria sociedade e o desenvolvimento de um pensamento crítico para saber reconhecer o que é - e o que não é - uma notícia falsa. Com base nisso, Karina Santos sugere algumas iniciativas de fontes que oferecem informações de qualidade e que podem ser acessadas por todos, como o projeto Amazonômetro, promovido pelo ITS do Rio de Janeiro em parceria com o Instituto de Clima e Sociedade, que monitora em tempo real dados sobre pautas ambientais nas redes sociais.

O público que acompanhava as discussões também levantou questões como: de que modo a desinformação afeta grupos minoritários, quais são as áreas mais afetadas pela disseminação de fake news e como é feito o monitoramento de conteúdo desinformativo pelas plataformas sociais.

Desmatamento da Amazônia

Projetos como o “Amazonômetro” desempenham papel fundamental na conscientização da população sobre dados alarmantes, como o recorde de desmatamento atingido na Amazônia em 2021. Através de sua abordagem inovadora na coleta e apresentação de dados, o Amazonômetro torna as informações sobre o desmatamento mais acessíveis e compreensíveis para o público em geral.

Além disso, atua como uma "ponte" importante entre organizações ambientais e de clima, fornecendo informações em tempo real que capacitam essas organizações para agirem de maneira mais eficaz na preservação ambiental. Ao unir a conscientização pública à ação direcionada das partes interessadas, o projeto desempenha um papel vital, tanto na proteção da Amazônia, contribuindo para enfrentar um dos maiores desafios ambientais de nosso tempo, quanto no desenvolvimento de um pensamento mais crítico e racional para a sociedade.

O Aulão está disponível no canal do YouTube da Mídia NINJA. Acesse aqui para assistir ao conteúdo completo: Aulão Amazônia 1 – Economia e combate das fake news - YouTube