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Inteligência Artificial Generativa na pesquisa científica: guia promove equilíbrio entre inovação e ética

  • Foto do escritor: publicabcp
    publicabcp
  • 25 de fev.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de mar.



O livro Diretrizes para o uso ético e responsável da Inteligência Artificial Generativa: um guia prático para pesquisadores, lançado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), busca orientar a comunidade acadêmica no uso da Inteligência Artificial Generativa (IAG). Escrito por Rafael Cardoso Sampaio (UFPR), Marcelo Sabbatini (UFPE) e Ricardo Limongi (UFG), o guia surge em um momento de crescente adoção da IAG na pesquisa científica, trazendo consigo desafios éticos e práticos. 


Com o apoio da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), a publicação promove um debate necessário sobre o uso responsável dessa tecnologia, equilibrando o entusiasmo com os riscos envolvidos.


O livro busca preencher uma lacuna no Brasil, onde ainda há poucos materiais sobre o tema, ao mesmo tempo em que desmistifica tanto o entusiasmo exagerado quanto os temores infundados em relação à tecnologia. Com uma abordagem acessível, o guia cobre desde a busca de materiais acadêmicos e análise de dados até a escrita, tradução e participação em bancas de seleção, sempre com foco na preservação da integridade acadêmica e da agência humana.


O livro detalha como a Inteligência Artificial Generativa pode ser aplicada em diversas fases da pesquisa, como a busca de materiais acadêmicos, a leitura e análise de textos, a escrita de artigos, a programação, a transcrição de dados e até mesmo a participação em bancas de seleção. 


No entanto, os autores também alertam para as limitações e riscos associados à tecnologia, como a presença de vieses nos dados de treinamento, questões de privacidade e a possibilidade de violação de direitos autorais. O guia reforça a importância de uma abordagem crítica e supervisionada, destacando que a IAG deve ser usada como uma ferramenta de apoio, e não como substituta do pensamento humano.


Um dos principais achados do guia é a ênfase na preservação da agência humana no processo de pesquisa. Os autores argumentam que, embora a IAG possa otimizar tarefas repetitivas e acelerar processos, a supervisão humana é indispensável para garantir a qualidade e a integridade dos resultados


O livro também destaca a necessidade de transparência no uso dessas ferramentas, recomendando que os pesquisadores documentem como a IAG foi utilizada em seus trabalhos, desde os prompts (comandos) até os resultados obtidos. Além disso, os autores reforçam a importância de adotar modelos de código aberto sempre que possível, promovendo maior controle e transparência no uso da tecnologia.


Diretrizes para o uso ético e responsável da Inteligência Artificial Generativa se consolida como uma contribuição importante para a comunidade acadêmica brasileira, especialmente em um momento de rápida adoção da IAG. Ao oferecer orientações claras e práticas, os autores não apenas ajudam a mitigar os riscos associados ao uso dessa tecnologia, mas também promovem um debate necessário sobre como integrá-la de forma ética e responsável na pesquisa científica. Com o apoio de instituições como a ABCP e a ANPOCS, a publicação reforça a importância de equilibrar inovação tecnológica com a preservação dos valores fundamentais da ciência, como a integridade, a transparência e a agência humana.


Perfil dos Autores


Marcelo Sabbatini é doutor em Teoria e História da Educação - Universidad de Salamanca (Espanha) em 2004. Mestre em Comunicação Social, modalidade Comunicação Científica e Tecnológica, Universidade Metodista de São Paulo, 2000. Atualmente é Professor Associado do Departamento de Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).


Rafael Cardoso Sampaio é professor permanente do Programa de Pós-graduação em Ciência Política (UFPR) e do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social (UFPR). Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT-DD) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Transformações da

Participação, do Associativismo e do Confronto Político (INCT Participa). Coordenador do grupo de pesquisa Comunicação Política e Democracia Digital (COMPADD).


Ricardo Limongi é doutor em Administração na linha de Estratégias de Marketing pela FGV/SP, com estágio doutoral na Cornell University. Pós-doutorado em Economia Comportamental aplicada ao Marketing pela UnB e pós-doutorado em Machine Learning aplicado ao Marketing pela UFRGS. Professor Associado na Universidade

Federal de Goiás (UFG). Atualmente é Professor Visitante na Universidade Santiago do Chile (USACH).





FICHA TÉCNICA

Título:  Diretrizes para o uso ético e responsável da Inteligência Artificial Generativa: um guia prático para pesquisadores

Autores: Marcelo Sabbatini, Rafael Cardoso Sampaio e Ricardo Limongi

Editora: Editora Intercom

Ano de Lançamento: 2024

ISBN: 978-85-8208-142-6

Disponível para download em: Intercom


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